segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dúvidas...

Procuro respostas a perguntas que nem eu sei quais são..

Procuro seguir um caminho, dar passos... mas não vejo a estrada, não sinto o chão...

Que fazer?!

Será que todas as pessoas passam por uma altura na vida delas que não sabem o que fazer? Não sei... não sei mesmo...

De um lado nada tenho por isso não faria grande sentido seguir esse caminho... mas tudo sinto vontade de procurar, de lutar...
Do outro, sinto que tenho o necessário para que esse sentido apareça mas, estranhamente, o receio de avançar é muito maior, aquele friozinho no estomago, um nó na garganta... tudo me consome, tudo me causa dúvida, angústia, indecisão...

Ah... gostaria de ter a lucidez, a experiência necessária e as certezas que me dariam a confiança de escolher um caminho... no fundo, de tirar a minha vida do pause e de continuar a vivê-la...

2 comentários:

ndinis666.blogs.sapo.pt disse...

Tantas que elas são, tantas que sempre serão.... Olha para a nova vida que se gerou no seio da tua família, aquele ser tenro, meigo, dócil.... Tudo nele transpira inocência, como em todas as crianças que nascem. Olha para esse olhar segue-o, tenta ver pelos olhos dele e vais perceber que mesmo ali, numa vida acabada de começar, não existe nada para além de dúvidas, medos, preocupações.... pode não parecer, tão amado que é, sempre rodeado de carinho, atenção, amor.... nada vai move-lo, cada segundo que passa é um medo vencido e dois criados, e assim será pela vida fora. Pensa por outro lado no oposto, num velhinho nos seus ultimos momentos de vida, alguém que já foi esse ser tenro frágil e amado. Pensa nos medos, nas indecisões, nas dúvidas que teve ao longo da sua vida, imagina o seu olhar, calmo, apagado, triste, mas decidido uma decisão que já estava tomada mesmo antes de nascer, um olhar que apenas reflecte memórias, sentimentos, dúvidas passadas, decisões tomadas. A vida não é mais que essas dúvidas, esses passos, essas decisões, por muito pequena que uma escolha pareça, é a tua escolha, é ela que te faz ter um novo medo a cada meio segundo da tua vida, mas é também essa escolha que te faz superar o medo criado no segundo anterior e te torna uma pessoa melhor. É o medo que nos mantém vivos, porque é ele que nos leva a acordar dia após dia na esperança de um dia melhor.

Acredita em ti, és sem dúvida uma das pessoas mais fortes que conheço. Ainda hoje lembro a alegria e o brilho do teu olhar de quando tinhas dez anos. Não o percas, e acredita que os teus amigos, vão estar sempre onde estiveres, a teu lado, contigo para te ajudar a superar os teus receios.
Um beijo enorme deste teu sempre amigo Nelson

Filho disse...

Se toda a gente passa por isso? Talvez seja melhor perguntar quem nunca passou por isso.

Lembro-te que até Jesus chegou a duvidar da sua missão na Terra e dos caminhos que deveria seguir.

E Ele só compreendeu quais os rumos e quais os trilhos a percorrer quando se apercebeu que a sua vocação, a sua essência e a sua vida futura estavam todas ao seu alcance, bastando para isso que ele se ouvisse e, mais importante ainda, que ouvisse o seu coração.

Ao contrário dele, e ainda bem que assim é, não tens que ser nem serás mártir nesta história que é tão somente tua, mesmo que possa implicar terceiros.

O importante não é saberes só para onde vais, mas teres a percepção de que é ao longo do caminho que vais ganhando a consistência e a firmeza necessárias para seres tudo o que sempre desejaste.

Apesar dos medos e das dúvidas (que mais não provam e comprovam que és um ser humano como tantos outros que habitam este planeta), há algo que deves reter e nunca esquecer: tens uma enorme força dentro de ti, tal como tens um enorme potencial. Precisas apenas de alguma confiança e de algum arrojo.

Arrisca. Seja no que for, arrisca. Porque tudo na vida é um risco...até mesmo as apostas tidas como mais seguras e fiáveis.

E porque és nova e tens toda uma vida pela frente, terás todas as oportunidades e mais algumas de vir a corrigir algo, caso venha a ser necessário.

As respostas estão em ti. Todas. Podes, talvez, precisar que alguém te mostre as chaves dos teus próprios baús, mas só tu os podes abrir. Pois só tu saberás o que fazer com o que lá encontrares...

E lembra-te de algo que um dia escrevi numa certa fita...

Somewhere around here, sincerily yours,

LF