segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Outras... muitas... eu só.

Saio à rua e sinto o vento, fresco, gélido a tocar-me a cara...

Sinto cheiros diversos pelas ruas que percorro, oiço vozes de tantas, de muitas pessoas... línguas distintas...

Olho pela janela, e são as pingas de água que observo a cair... vêm do céu, límpidas, dispersas, sós... são muitas, são tantas... mas vêm todas separadas e vão caindo, caindo, caindo... até atingirem o chão.

O chão que há pouco era quente, era o calor que me aquecia os pés, onde dançava qual bailarina... agora humedece-os, provoca-lhe arrepios... e o vento começa mesmo a torná-los frios...

E outra como eu corre incessantemente para casa, foge dessa tempestade que se avizinha, teme esse inverno que se aproxima, deixa cair as lágrimas como escorregam as gotas de água do céu...

E qual bela bailarina, nem a chuva a domina, e eis que seus pés tornam a dançar... e já não é a chuva que a arrefece, mas sim o chão que ela aquece...

Nem tão pouco uma lágrima cai, nem mesmo a gota vem, por isso eu, eu danço também.

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